quarta-feira

Porque construímos relações?

as pessoas encontram-se pela vida, esbarram-se por querer, sem querer, mas sempre por escolhas de caminhos que se fazem... mas nem sempre, ou na maioria das vezes isso conduz a uma relação, seja ela de que intuito for: trabalho, amizade, paixão, amor, cumplicidade, entendimento, zanga, raiva, ódio... mas há um momento em que esse encontro se traduz e se projecta em algo que não existia antes. e como é que isso acontece? escolhe-se? sente-se? impõem-se? quando decidimos que queremos isso? porque presumo (infantilmente, por ventura) que se escolhe... porque quereríamos nós nos apaixonar, serve para quê? ou trocar trapinhos ou apenas fluidos? é uma necessidade, uma urgência, uma decisão? teremos nós apenas medo de não ter com quem trocar, seja o que for... uma conversa, um toque de mãos, um par de estalos? poderíamos viver a vida sem nos relacionarmos, ou seja, agindo apenas, sem sentir coisas por de trás dos actos... é uma forma de estar na vida (talvez um pouco psicopata/sociopata) que nos protege de arranjar cicatrizes parvas e dores onde elas não existiam antes... é como decidir fumar um cigarro e ficar com catarro... é estúpido! mas a malta fuma que se farta... e escolhe e quer e continua... será assim o mecanismo relacional? se precisas de dar uma queca dás e vais à tua vida, sem essas merdas de dores e arranhões (de alma, quero eu dizer)... mas não a malta quer bem mais, quer ENVOLVIMENTO, SENTIR COISAS, ENCANTAR-SE, AMAR, DESILUDIR-SE... e depois queixam-se das escolhas que fazem... fazem?
no final de todas as contas feitas porque nos relacionamos? qual o ganho que nos mantém, que nos sustenta a vontade de querer?

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