terça-feira

Ando em arrumações de mim mesma...

O raio das peças espalhadas que não encaixam em lado nenhum acabam por deixar marcas que fazem ouvir as vozes: o que tens? Merda, é o que tenho, merda a mais espalhada... Faz mal à alma, ao físico, aos olhos e ouvidos. Merda, sim vai à merda, onde pertences... Lá é o teu lugar, percebes? Sabes aquele cocó que o Nuno Markl fez? Mesmo esse, é tão linda, faz-lhe companhia e deixa-me em paz... Isso ignora... é o que o ser humano melhor sabe fazer, ignorar, ser avestruz e tu de tanto conviveres com ele aprendeste a fazê-lo na perfeição. Estás surda? Porque não me espanto! Outra qualidade fabulosa do ser humano, fazer-se de surdo, de cego, de acéfalo... Olha assim como tu! Mas posso ter de dar várias voltas ao pinhal, ter de trepar paredes, pendurar-me no candeeiro, mas tu vais para o sítio onde pertences! Vais para a merda... no fundo vais ser aquilo que todos nós deveríamos ser... o que realmente somos! (Eu juro que há dias que gostava de ser acéfala).

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