
sexta-feira
Desamor
Sobe a calçada descalça pela vida, as rugas não visíveis da idade mostram um caminho ainda curto de sabedoria. A fechadura estreita permite vislumbrar ao longe o amor. Sim…aquele desejado por tantos e colhido por alguns. Uma carícia sentida na saudade de
um gesto que ficou para trás, assassinado nas conversas afiadas de cansaço. A cabeça pesa sobre os ombros, a leveza de outrora sucumbiu e as horas infinitas de solidão fazem os minutos saberem a dias azedos e nauseabundos. A inclinação é soberba e as chagas plantadas não permitem avançar. Olha para trás, tarde demais… Magoa voltar atrás, insuportável caminhar em frente. Enrola o desejo, apaga a paixão, observa o vazio e encontra um lugar. O lugar onde o amor espreita, mas não pertence, um lugar onde todos os venturosos passam ao largo. O lugar onde se sobra e onde apenas se ouve a palavra saudade.

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6 comentários:
Conheço tão bem esse lugar...
Beijo
Maria
Não leves a mal, mas o descritivo do blog tem um erro ortográfico (grave): deve ser "traz", do verbo trazer, e não "trás", preposição...
obrigada anónimo.
correcção feita!
e esse lugar sabe tão mal...
bj meu
GMDT :)
sei que lugar é esse...acho que todos nós sabemos, uns mais que outros é certo!
Mas retira sempre o melhor que as coisas azedas te dão...procura bem, porque é no "mau" que se atinge o bom..
Grande beijo de saudades..
lindo...
Jinhos fofos
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