Estou só… A janela entreaberta deixa entrar a noite, onde os grilos vivem o seu cantar.
“Tens tudo para ser feliz!!” Quem disse? Quem sabe?
Estou só… Lá fora há gente, cá dentro moram tantos… Onde estão? Para onde foram? Onde ando eu? Que fizeste da tua vida, que ela não te acompanha, hoje, ontem… e amanhã?
Estou infinitamente só… Estou ou sinto-me? Olho a parede onde fulgura o reflexo da lua que coabita o mesmo espaço e entende os meus murmúrios.
Estou só… Sinto a vida a fugir entre os jeitos e ausenta-se a vontade já exígua de mudar. São trinta pequenos campos de saudade, de memória, de vida..
Era menina traquina, era garota que julgava ser mulher, era mulher que queria ser gente… Estava cheia de tanto, que a qualquer momento eclodiria de ventura… Foi assim… Foi… Talvez não fosse ela meritória de tamanho sentimento… Cresceu por fora, com braços longos, pernas robustas, tronco corpulento, com espaço eterno para caber um coração colossal… Era extensão a mais, ele foi-se sentindo pequeno, acanhado, fechando-se a uma velocidade que a razão não permitiu travar…
Hoje, estou só… Talvez por o coração já ser demasiado pequeno, talvez porque o corpo é grande demais… Mulher que sonha ser menina.
Estranho, não há vento.
As lágrimas caem devagarinho, sobro eu aqui, só.
“Tens tudo para ser feliz!!” Quem disse? Quem sabe?
Estou só… Lá fora há gente, cá dentro moram tantos… Onde estão? Para onde foram? Onde ando eu? Que fizeste da tua vida, que ela não te acompanha, hoje, ontem… e amanhã?
Estou infinitamente só… Estou ou sinto-me? Olho a parede onde fulgura o reflexo da lua que coabita o mesmo espaço e entende os meus murmúrios.

Estou só… Sinto a vida a fugir entre os jeitos e ausenta-se a vontade já exígua de mudar. São trinta pequenos campos de saudade, de memória, de vida..
Era menina traquina, era garota que julgava ser mulher, era mulher que queria ser gente… Estava cheia de tanto, que a qualquer momento eclodiria de ventura… Foi assim… Foi… Talvez não fosse ela meritória de tamanho sentimento… Cresceu por fora, com braços longos, pernas robustas, tronco corpulento, com espaço eterno para caber um coração colossal… Era extensão a mais, ele foi-se sentindo pequeno, acanhado, fechando-se a uma velocidade que a razão não permitiu travar…
Hoje, estou só… Talvez por o coração já ser demasiado pequeno, talvez porque o corpo é grande demais… Mulher que sonha ser menina.
Estranho, não há vento.
As lágrimas caem devagarinho, sobro eu aqui, só.
7 comentários:
"Durante a tempestade, é preciso prever a bonança que se lhe segue, assim como, durante a bonança, é preciso advinhar a tempestade"
Força, então...
Beijo
Paulo
O sentimento de solidão deve ser o mais falso que temos, porque, sendo o que nos enche mais é o que nos deixa mais vazias...
O Paulo fala em antever a bonança, que sucede à tempestade, mas nas horas de solidão, como disse, somos seres vazios e sem visão... Há que deixar a solidão ser e ser e ser até se cansar e desaparecer... temporariamente, que seja!...
Força, sim, que não se perca a força...
Um beijo
Ela logo crescerá por dentro.
Errantes fragrâncias, soltas no dia
Tanta paz, tanta verdade incontida
Tanta fé, no caminho da vida
No céu, grito de pássaro de asa ferida
Profético beijo
Estar-se só numa multidão ainda é mais doloroso
Ás vezes estas lágrimas caiem tão devagarinho...
E o tempo parece que pára...
Um beijo abraçado
(*)
"Solidão que nada
você veio na hora errada..."
Beijos, linda!
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