quarta-feira

Feitiço

Menina bonita… alcunha conquistada pelo olhar singelo e pele tenra, onde a vida não se permitia entrar. Olhava em volta e piscava o olho direito, ao mesmo tempo que segurava o chapéu de palha que teimava em lhe tapar o rosto. As chinelas frescas e vistosas saltavam entre os dedos, como se quisessem antecipar… o cabelo já sem pressa deixava se ficar na reminiscência das quadras arcaicas. A saia rodava ao sabor do vento e com ele o pensamento voava. Fora visitar as estrelas, que faziam parceria com lua mordida pelos amantes. Caiu redondo no chão ao vê-lo… Menino bonito… a boina deixava escorrer o suor da descida cadente por detrás do sol. Vinham de longe, onde só as memórias têm a chave de regresso.

14 comentários:

Tita Dom disse...

Vontade de te ler mais e mais...

Menina do Rio disse...

Rute
Obrigada por romperes o silencio.

Claro que de Menina eu só tenho o nome do meu blog e um poema, mas como essa menina de teu conto, eu também caí, só que me estabaquei toda...e o meu blog vai pro fundo do baú de lembranças.

beijos e bem vinda!

Nanny disse...

Vi o teu comentário e vim dizer-te que podes pegar na história onde quiseres e desenvolver, quer na perpectiva feminina quer masculina :-)

Estás à vontade!

Um beijinho

Anónimo disse...

E agora, após ter passado pelo espaço apenas destinado a leitores convidados e vedado ao comum visitante, paro um pouco por aqui para ler com atenção...
***********


Estive a ler Feitiço, um nome que assentaria bem a este espaço. Depois a Solidão...
Terrivel dor a da solidão. A liberdade máxima tem a outra face dessa moeda que muitas vezes é de escolha nossa...

*Um Momento* disse...

Hum...
Belo sitio ...
Grata pela visita
Agora visitei um pouco este lindo espaço,que gostei, com mais tempo voltarei
Um beijo...e um sorriso
Noite serena
(*)

Sol da meia noite disse...

Lindo texto...

Obrigada pela visita.


Beijinhos!!!

Paulo disse...

É, pois, nessas memória com chave que nos retardamos no ontem e detemos o futuro. Lá longe, onde só o livre pensamento alcança; há sinfonias de anjos à nossa espera. Lá..longe, muito longe onde, também, chega, de-quando-em-quando, a ressonância de um abraço Universal...
Lá longe...

Paulo

Luna disse...

O que seríamos sem memorias, seres perdidos no universo
ji

Diário de um Anjo disse...

muito bonito! gostei muito do que li e da tua maneira de escrever.
obrigado pela tua visita ao meu cantinho. volta sempre! beijinhos

Flôr disse...

Gostei muito do que li, bonito texto.
Vou voltar para ler o que não tive tempo agora.

Agradeço a visita ao meu canto.

Beijitos

sombra_arredia disse...

As memórias salvam-nos ou matam-nos.

João JR disse...

..lembranças são memórias que vivem dentro de nós para sempre...! São a minha riqueza maior:)
beijo grande

SILÊNCIO CULPADO disse...

Onde só as memórias têm a chave do regresso.... Quando há regresso!...

Anónimo disse...

Irmão Sol,irmã Lua?